1ª Campanha - Oeste

O sol se encontrava em seu ponto mais alto no céu. Apesar do sol fazia um breve frio agradável, indicando que a época da colheita já estava chegando ao fim. Lestat se encontrava no pátio, onde os garotos recebiam seu teste de maturidade, e de onde muitos saiam rumando para oeste, exilados.
As árvores do pátio já não tinham folhas, o mundo se preparava para o cair da neve, como acontecia ano após ano. O lugar estava vazio, há menos de meia hora atrás estivera cheio, mas agora havia apenas os salpicos de sangue restantes da prova que ocorrera ali.
Lestat não havia assistido, mas soubera que o rapaz quem havia ali enfrentado Jax, o instrutor de combate, agora rumava para os desertos do oeste.
Pensamentos vagavam pela mente do aspirante a pistoleiro quando este foi interrompido por Callahan, seu instrutor de filosofia.

- Olá meu jovem, o que faz aqui sozinho? Que pensamentos voam dentro desta cabecinha?

--
Armand tinha uma plena visão da cidade. Do alto da Colina de Jericho podia ver muito bem o baronato interior de Gilead, mas não era aquilo que chamava sua atenção, e sim o rapaz, que não parecia ter muito mais do que 16 anos, que saira mancando da cidade há não muito tempo. O garoto rumava para oeste, e Armand logo soube o que isso significava, alguém reprovado no teste de maturidade. Alguém expulso da cidade e da família.
O garoto seguia mancando em sua direção e Armand não fez qualquer esforço para não ser visto. O menino então parou há pouco mais de 5 metros de distancia de Armand, com os olhos ainda cheios de lágrimas. Não disse nada, apenas o olhava.

Lestat estava absorto em seus pensamentos, olhando um pouco acima do muro alto, para o céu azul quando seu professor chegou perto e puxou conversa. O aprendiz se assustou, já que estava totalmente distraído, sem dar nenhuma importância ao ambiente à sua volta, provando sua inexperiência e imaturidade como combatente, já que numa situação dessas um inimigo poderia tirar sua vida em um ataque surpresa.

— A-ah! Professor! Eu pensei que fosse um demônio, ou alguma coisa assim... – Ele começou a bater um pouco a mão fechada no peito enquanto fazia uma cara de alívio, num gesto que tentava acalmar o coração acelerado pelo susto. Já mais calmo ele continuou a conversa com o professor.
— Eu estava pensando em sair daqui. Quer dizer, não me refiro abandonar Gilead. Me refiro a uma viagem de treinamento, de peregrinação. Acredito que eu não estou preparado para fazer o teste de maturidade ainda, quero sair pelo mundo, conhecer a realidade do mundo, ficar forte, amadurecer, e então voltar aqui e me tornar um pistoleiro como o meu pai. O que o senhor acha disso?

*Armand fixa seus olhos aos do rapaz, e sente pena do pobre coitado que acabara de ser reprovado.

“ Pobre alma, foi condenado a vagar pelo deserto, a solidão será sua amante. Creio que posso dar um fim e poupar o sofrimento desse jovem.”

*Comprimento o rapaz mexendo o chapéu.

-- bem amigo, sabe o que vai enfrentar a partir de agora não? Sabe também que não será nada fácil voltar para sua cidade como um fracassado.

* risos fracos*huhuhuhuhu

-- Posso lhe oferecer uma ajuda e acabar com seu sofrimento de uma vez por todas, você sabe o que eu quero dizer.

*Mostro o coldre braquial que abriga meus dois revólveres, desabotoando o da esquerda. *

-- Pense com cautela, tenho tooooodo o tempo do mundo.

*risos* HAHAHAHAHAHA...






OFF : APAGA ESSA MACONHA AI DE CIMA, ESQUECI DE LOGAR ¬¬

Apaguei a maconha de cima, onde tu postou a mesma coisa, mas sem tá logado, só como um "convidado".

Callahan sorri, um largo sorriso que preenchia todo seu rosto e dava novamente beleza e juventude a um rosto que há decádas não conhecia nenhuma dessas palavras.

- Meu jovem, minhas aulas são teóricas, mas são assim só porquê eu não posso levá-los para uma volta ao mundo, se pudesse é claro que os levaria, pois não existe meio melhor de conquistar conhecimento do que vivendo e tendo a experiência, erros e acertos, são experiência, são aprendizado. E você, jovem aprendiz, está em uma grande fase da vida, 17 anos não é mesmo? Já não falta muito para pedir seu teste, é bom se sentir preparado, é bom ver o que o mundo tem a te oferecer. Mas me diga, o quê seu pai pensa dessa sua idéia?

--
O garoto olha para a arma de Armand, não demonstrando muita atenção ao que o homem dissera anteriormente.

- Voc... O senhor é um pistoleiro?

O olhar do garoto então passou pelo restante do corpo de Armand, parando em sua máscara, no ponto onde seriam seus olhos.

- Não, você não tem olhos de pistoleiro... Mas também não parece um exilado... E o quê pode saber do que me aocnteceu se não é nem um nem outro? O quê pode saber do que sinto agora? Não, não quero que me mate agora, pois a morte é a escolha dos covares. - o garoto olhou para trás, olhando para Gilead. - Vou provar que estão errados, um dia eu vou voltar, e vou destruir cada casa, cada castelo, cada parede dessa cidade... Eu vou..

O garoto se interrompeu, sentando no chão e começando a chorar alto.

--
Kidd estava em frente aos grandiosos portões do lado sul de Gilead, em sua busca por armas raras soubera que um ferreiro do local possuía um rifle com sistema de mira sniper, algo que só ouvira falar de seu mestre, mas nunca vira nada sequer semelhante. O ferreiro deveria estar em sua loja a essa hora, mas Gilead era uma grande cidade, e talvez encontrar o ferriero talvez fosse mais fácil com ajuda de um morador.
Haviam dois guardas no portão, conversando, Kidd chegou a tempo de pegar uma parte da conversa, os homens falavam sobre um Teste de Maturidade fracassado, ou algo do tipo, sobre um garoto exilado, mas pararam de falar quando perceberam o artesão.

- Alto! Identifique-se!

— O meu pai... Não sei dizer o que ele pensa sobre isso, porque eu ainda não falei com ele nada sobre isso. Mas acho que ele deve concordar comigo, na verdade acho que ele vai ficar feliz em saber que eu tomei essa atitude. Ele é muito corajoso e acho que ele quer que eu veja como a vida é.

Lestat calmamente se levantou do banco, ainda olhando para o professor começou a andar na direção de um dos corredores externos. Ele ainda estava pensativo, mas já tinha tomado a sua decisão, e agora apenas iria informar ao pai sobre a viagem que pretendia fazer, e obter a aprovação dele. Mostrando um olhar mais decidido, Lestat voltou a olhar o professor.

— Obrigado professor, essa conversa me ajudou bastante. Vou até o meu pai falar com ele sobre essa viagem e pedir sua aprovação. Até mais.

Ele continuou a passos calmos o caminho até onde o pai, que a essa hora devia ser o seu escritório, resolvendo algum assunto relacionado a colheita de algum pequeno agricultor, que estava sendo atacado por animais, ou algo do tipo.

*Risos* hahahahahahaha HAHAHAHAHAHA MUAHHAHAHAHAHAHAHA...

-- Você me diverte criança, você realmente me diverte.

-- Você tem razão, não sei o que esta sentindo agora. Até porque nunca fracassei em nada do que fiz, ainda não experimentei esse sentimento em meu peito mas você pode ter certeza que carrego um fardo bem maior que o seu.

*Vou até o cavalo pego uns utensílios para acender uma fogueira, enquanto vou acendendo vou falando com ele.

-- Bem menino hoje é seu dia de sorte, me pegou de bom humor. Mas não seria sensato você ter pensamentos como esse que me disse agora. Sua atitude esta sendo a de um covarde, se pensa que um dia irá destruir alguma coisa desse maldito lugar esta enganado, eu não estou aqui para te impedir afinal até que seria muito interessante ver você se suicidar.
* Risos* HIHIHIHIHIHIHIHI

*Após acender a fogueira coloco alguma coisa pra cozinhar.

--Tenho pena de você, se você deseja trilhar o caminho que acabou de dizer eu quero lhe oferecer alguma coisa. Pelo menos assim sinto que talvez eu não vá para o inferno. Tsh quem eu to enganando...

-- Mas me diga enquanto cozinho, como foi que fracassou nesse maldito teste?

--Dias longos e noites agradáveis!
*Faz reverência com chapéu *
--Hum é assim que dizem por aqui, certo? Desde que me lembro me chamam de Kidd, então eu atendo por esse nome. Eu sou um artesão de armas viajante e busco um ferreiro de armas que reside aqui. Ficaria muito agradecido se puderem me dar alguma informação sobre qualquer ferreiro que vocês conheçam mesmo não sendo famoso.
*Tenta parecer bem simpático, e memoriza o rosto dos sujeitos *

Callahan acena para Lestat se despedindo. Enquanto o jovem seguia pelo corredor saindo do pátio o instrutor caminhava na direção oposta, parando na entrada para o corredor lateral do pátio.

- É, o toque é forte em você garoto.. Como você percebeu Lestat quer sair em busca de experiência...

Um garoto que aparentava não mais do que quinze anos sai daquele corredor, seu rosto era muito jovem, mais do que o próprio Lestat, mas seu olhar era forte, era apenas um aprendiz, mas já portava um olhar de pistoleiro.

- Eu vou acompanhá-lo, preciso acompanhá-lo.. Ouço o Ka me impelindo forte nisso.

Callahan avaliou o garoto com um olhar sério.

- Se é isso que o Ka lhe manda fazer, então é o que será feito, Leoric Sharpeye, filho de Kardel.

Os dois se afastaram. Callahan voltando para sua residência. Leoric seguindo a principio pelo mesmo caminho, mas seu destino era outro, ele ia para a residência de Jax, o instrutor de combate.

--
Lestat vai até o escritório de seu pai, mas descobre que ele não está lá. Encontra apenas o a conselheiro de seu pai no escritório.

- Longos dias e belas noites jovem mestre. Se procura seu pai sinto lhe informar que ele foi resolver assuntos no ferreiro, algo muito importante que nem eu mesmo sei o que é. Pode acreditar nisso? Quer deixar algum recado ou esperar por ele?

--
O garoto se senta perto da foqueira que Armand ascendia, de rente para ele, admirando as chamas e não dando muita atenção para o que o homem colocara para cozinhar.

- Não que caminho vou seguir para ser sincero.. Não sei o que tenho pela frente, não sei se tenho algo pela frente, vai ver vou começar a caminhar e logo cairei na clareira do fim do caminho, talvez eu encontre com Farson e entre para os Cobras, talvez eu acabe chegando numa vila e viva uma vida de paz... Ou talvez aconteça outra coisa, vai saber, não sei de nada mais, não sei nem o que quero..

O rosto do jovem já não demonstrava nenhuma lágrima ou mesmo sinal de que haviam lágrimas ali.

- Como fracassei? - ele ergue a perna da calça, demonstrando uma fratura exposta, quase 3 centímetros de osso saíam cortando pele e carne da perna do rapaz. Armand não deixou de se surpreender, não pela ferida em si, já havia visto muita coisa pior em seus dias de caçada, ele próprio fizeras várias piores, mas o que o surpreendeu foi o fato do garoto não ter mancado nem um mínimo que fosse enquanto caminhava para fora da cidade. - Assim, Jax, o instrutor de combate, me acertou com seu bastão, não fui rápido o bastante para desviar, consegui me manter longe do bastão dele por quase 20 minutos de combate, mas por fim ele foi mais rápido e eu fui ao chão...

--
- Longos Dias e Belas Noites! Forasteiro hein? De onde é rapaz? E vejamos, temos muitos ferreiros, mas na verdade só uma forjaria, todos trabalham lá, muitos tentaram abrir negócios independentes, mas ninguém se iguala à capacidade do velho Hooks.. É bem fácil de encontrar, siga em sentido norte, você logo vai ver a placa indicando a loja, não é tão grande quanto os visitantes esperam, mas é impossível não encontrar, se quiser eu posso até te levar até lá, Kid-sai.

-- Fico grato, mas não precisa se incomodar de me levar até lá. Sobre de onde eu vim...bom, de certa forma, também procuro por essa resposta. Apenas seguir para o norte certo? Até a próxima.
*Dou uma olhada em volta para ver se encontro algum tipo de mapa da cidade, para memorizar, se não, continuo para o norte como o guarda tinha dito *
"Velho Hooks, certo? Parece que vou ter algum progresso...Se eu pudesse apenas dar uma boa olhada naquele rife...hehehe"

Mesmo informado pelo conselheiro que seu pai havia saído, Lestat automaticamente olhou pelo escritório à procura do pai, mostrando não estar nada surpreso quando constata que ele realmente não estava lá.

— Ferreiro, hum? Pode deixar, eu vou falar com ele no ferreiro mesmo. Eu estava mesmo sem nada pra fazer. Até mais – ele disse a última parte enquanto acenava em despedida e saía da sala, fechando a porta logo em seguida.

Lestat seguiu para a saída da casa, para então caminhar até a ferraria, onde pretendia encontrar o pai, e quem sabe encontrar alguma coisa interessante no caminho.

Cobras, um dos poucos nomes que Armand lembra do seu passado. Porém esse nome não lhe trás boas recordações. Um ódio momentâneo toma conta do corpo do mesmo.

-- COBRAS VOCÊ QUER DIZER?

*aponto o dedo pro rosto do menino*
--VEJA BEM MOLEQUE, NÃO ESTOU AQUI PARA CRIAR VÍBORAS. PODE TER CERTEZA QUE SE FOR PRA LÁ EU MESMO TIRAREI SUA VIDA.

*Coloco as duas mãos a máscara*
“Não mate o garoto Armand, ele só está nervoso e não sabe o que esta falando...”

Logo Armand retoma consciência e dosa suas palavras.

-- Olhe, após comermos eu vou te levar de volta a Gilead. E não se preocupe, caso você não queira eu vou te OBRIGAR A IR COMIGO, ENTÃO SE EU FOSSE VOCÊ NÃO IRIA CONTRA AS MINHAS ORDENS. Entendido?

-- Apenas certifique-se de não causar mais dano a essa perna.

“Eu sabia, esse menino não é um qualquer. Sua determinação é grande, posso ver seus olhos. Pena que não posso dizer isso para ele, seu ego iria crescer.”

*após o cozido ficar pronto, tiro meu sobretudo e entrego pro menino seguido da panela.

-- Coma rápido e vista isso.

" Isso vai ser divertido"

Kidd seguia pelas ruas bem organizadas de Gilead, todas as construções tinham um charme de nobreza, afinal, aquele era o baronato mais nobre de todos, era o baronato onde residia o palácio do rei de All-World, Arthur Eld.
Encontrar a ferraria não foi trabalho algum, realmente era fácil de identificar, um edifício de andar único, com uma placa em cima dele. Na placa não havia nada escrito, havia apenas um grande desenho, um revólver sobreposto a uma rosa. Simbolizada o amor à arma.
Assim que entra no estabelecimento uma jovem o recebe com um enorme sorriso detrás do balcão.

- Longos dias e belas noites sai, em quê posso ajudá-lo?

Antes que pudesse dizer qualquer coisa alguém mais entrou na ferraria, não dando motivos para chamar atenção, mas aquile jovem simplesmente havia atraído o olhar de Kidd.

- Ah, olá Lestat. Que surpresa o ver aqui! Como vai seu treinamento?

--
O garoto tentou não se intimidar com a reação de Armand, mas não foi completamente bem sucedido nisso, ainda assim aguentou com mais coragem do que muitos homens com o dobro de sua idade que Armand já tinha encontrado por seu caminho.

- Eu... Não posso voltar lá... Não posso... Me tornei a vergonha de minha família.. Esqueci o rosto de meu pai. - Antes mesmo de terminar de falar o garoto começou a chorar, mas mesmo assim obedeceu Armand comendo o que lhe foi dado sem qualqur entusiasmo, mas sem enrolar, e vestindo o sobretudo.

— Olá Susan. O meu treinamento vai bem, daqui a um tempo vou fazer o teste para me tornar um pistoleiro. E você, como vai?
Após a resposta de Susan, ele continua
— Você sabe dizer em que lugar da ferraria meu pai se encontra? Vim falar com ele, e quem sabe, depois dar uma olhada no trabalho do mestre Hoks.

*Enquanto a moça do do balcão falava com o rapaz Lestat, dou uma boa olhada para memorizar o layout do lugar, e os rostos dos funcionários. Depois de muitas experiências, nem todas agradáveis, descobri que eé melhor me lembrar de tudo que eu ver nas minhas viagens. *
-- Longos dias e belas noites! Hum, acho que seu nome é Susan, certo? Eu atendo por Kidd. *Dou um sorriso simpático *
-- Como o jovem, também estou interessado no trabalho do velho Hooks.*Faço uma reverência com o chapéu, e memorizo o rosto dos jovens. *
--Será que eu poderia vê-lo, se não for muito incômodo, é claro.*Mais um sorriso simpático. Pessoas gostam de sorrisos.*

*Após a refeição recolho a panela e os utensílios, jogando uma água de leve nos objetos sujos. Apagando a fogueira e não deixando rastros no local. *

*olho em direção a Gilead*

-- Bem é chegada a hora meu caro.

*Monto no puxão *(cavalo)

-- Suba. Vamos resolver seus problemas, Lembre-se de esconder bem seu rosto, o sobretudo é grande então use a seu favor. E também não diga nada e tente esconder seu rosto ao máximo. E a +/- 10 metros do local comece a tossir.

*Risos* HIHIHIHIHI...

“ Isso vai ser muito interessante.”

* Vou a galope máximo em direção ao portão da entrada da cidade. Reduzindo a velocidade quando chegar a +/- 10 metros dos guardas.

- Eu estou ótima, e tenho certeza que você será bem sucedido em seu teste. Ah, sai Magnus está em reunião com Hooks, não sei dizer se ainda dem..

- Lestat! - a voz firme de Magnus, ainda que com certo tom de surpresa, interrompeu Susan enquanto o homem alto, de cabelo preto bem curto e sem barba alguma saía de uma porta aos fundos da ferraria. - O quê diabos faz aqui garoto?

Um outro sujeito igualmente alto, mas bastante mais musculoso se encontrava logo atrás de Magnus, este tinha a pele morena, era careca e tinha uma grande barbicha. Este homem trazia um olhar muito triste em seu rosto, parecia estar à beira dos prantos.

--
Kidd assiste a tudo com atenção, recebdo uma resposta de Susan pouco depois de ela ter sido interrompida.

- Er, ah sim, Susan é meu nome. Praz conhecê-lo sai Kidd, é, antes eu teria dito que sai Hooks estava ocupado, mas olha ele aí... - Susan apontava com a cabeça para o homem de careca e olhar desolado atrás de Magnus.

--
O garoto ficou calado o tempo todo, apenas obdecendo o que Armand dizia. Vestido no sobretudo e com o rosto bem coberto os dois seguiram montados em Puxão.
Não demorou muito, poucos minutos e estavam próximos da entrada oeste de Gilead, Armand diminuindo a marcha para a dezena de metros final, enquanto que o garoto fazia como lhe fora ordenado, tossindo.

- Alto! Identifiquem-se! - um guarda gritou quando Armand, Puxão e o garoto estava há cerca de 6 metros da cidade.

-- Sem sai por favor. Sei que é por educação, mas, veja bem, não combina muito com "Kidd", então parece que tem algo errado...
-- Você disse que aquele sai é Hooks... Será que está tudo bem, mesmo, em conversar com ele agora? Ele não me parece muito animado... Posso voltar em uma hora mais oportuna, se for o caso.*Demonstro preocupação para não parecer muito ansioso.*

Lestat responde à pergunta do pai com uma voz quase tão firme quanto a dele. Se alguém escutasse os dois conversando sem ver a cena, iria achar que era uma pessoa fazendo um monólogo, tamanha a semelhança entre a voz dos dois.
— Pai, eu vim falar com você. Eu fui te procurar no escritório, mas o conselheiro me disse que o senhor estava aqui, e como eu também queria aproveitar pra dar uma olhada no trabalho do mestre Hooks, aproveitei e vim aqui logo.

O guarda olhou desconfiado para Armand.

- E qual seria a origem do ferimento de seu companheiro?

Enquanto falava o guarda se aproximava deles, mas Armand logo recuou com o cavalo. Percebendo isso o guarda levou a mão lentamente ao coldre, pronto para sacar.
Armand se surpreendeu por não ter notado que o guarda, além da lança que tinha na mão esquerda e do escudo preso em suas costas, trazia um revólver junto à perna esquerda.

--
Susan sorriu para Kidd.

- Como preferir. Bom - a jovem falava agora em um tom quase sussurrante, Kidd conseguia ler seus lábios mais do que ouvir palavras saidas deles.- Acontece que o neto de sai Hooks há pouco foi reprovado em seu teste de maturidade, foi exilado para oeste.. Mas será bom que você trate seu assunto com ele assim mesmo, ele precisa distrair a mente.

Então a garota ergueu a voz ao seu tom normal e avisou a Hooks do jovem que lhe queria ver.
Hooks examinou Kidd com seus olhos cheios de água.

- Longos dias e belas noites Kidd-soh. Então tem interesse em meu trabalho?

--
Magnus fita o filho com certo orgulho nos olhos, sua criança estava crescendo, logo estaria seguindo seus passos no caminho da arma. Logo sua criança se tornaria um homem.

- Muito bem então, faremos as duas coisas, se puderem ser feitas ao mesmo tempo, deve ser importante o que veio falar comigo ou me esperaria, disso tenho certeza. - então desviando seus olhos para Hooks continuou. - E tenho certeza que sai Hooks não se importará de nos mostrar seu trabalho, não é mesmo?

Hooks olhou o pistoleiro com um misto de temor e reverência nos olhos e assentiu com a cabeça.

-- HOOOUUU... Calma garoto.
*Desço do cavalo*

-- O negocio é o seguinte, meu companheiro ta ferido e nós temos que entrar. Nem que eu tenha que passar pelo seu cadáver.
*Risos* hihihihihi hahahaAHAHA MUAHAHAHAHAHAHaa...

“ Merda como eu queria fumar alguma coisa agora.”

-- Vocês tem duas opções. Opção 1 vocês me deixam passar e ninguém se machuca,podem me escoltar até o médico não ligo. Só quero levar o cara pro médico.

--Opção 2 eu mato vocês,invado a cidade e procuro a porra do médico.

--Fiquem a vontade pra escolher qual vocês quiserem.

*bato no revólverer da esquerda*

*Falo com o garoto olhando pros guardas.

-- Ei muleke, se alguma coisa acontecer pega o puxão e procura alguma cidade,você tem que se tratar. Tira essas malditas idéias da cabeça, elas não vão te levar a lugar nenhum.
--Continue lutando e faça bom uso do cavalo, ele é um dos melhores.E nunca pense em entrar para aquele lugar, NUNCA.

Fico atento aos guardas, se eu sentir que eles vão atirar revido na mesma hora. Tento visar alguma parte do peito que esteja desprotegida. Algum lugar onde só imobilize alguma parte do corpo com 1 tiro (tipo o ombro), nenhum lugar letal.

-- Ok, obrigado.*Agradeço à jovem com um sorriso.*
-- Longos dias e belas noites! Sim, sai Hooks. Eu atendo por Kidd, sou um artesão e viajo em busca de novos conhecimentos. Ouvi que sai Hooks é um dos melhores ferreiros de Mid-World, então vim para Gilead para tentar conversar com o senhor, e se você permitir, é claro, apreciar seu trabalho.*Faço uma reverência com o chapéu.*

— Sim, eu não me importo que o mestre Hooks nos escute, afinal de contas me conhece desde que era um bebê, e conhece o senhor desde antes de eu nascer. Podemos conversar enquanto o mestre nos mostra o trabalho dele, não é?

O guarda começou a sacar seu revólver, mas ele não era um pistoleiro, Armand logo percebeu isso pela qualidade evidentemente ruim da armaque portava. Seu saque era lento, antes mesmo as arma ter sido erguida por completo o dedo de Armand já pressionava o gatilho. Armand também não era um pistoleiro, mas era tão bom quanto um, ainda assim, por ação do Ka, ou talvez por pura sorte do homem ali, ainda erguendo sua arma, o projétil de chumbo do revólver de Smoke apenas passou de raspão por seu ombro, não lhe causando mais do que um breve susto.
O guarda por sua vez dispara duas vezes, o primeiro passa há quase trinta centímetros da cabeça de Smoke, o outro ainda mais longe devido ao coice da arma.
O segundo guarda já estava alerta, era mais velho, certamente mais experiente, tanto que, diferente de seu companheiro, não se arriscou eu usar o revólver, reconhecia sua habilidade, ele preferia usar sua lança. Este era muito mais rápido que o outro homem, quando Armand percebeu ele já tinha o escudo a postos e avançava brandindo sua lança. Mirando o peito de Armand.
E teria acertado.
Mas um vulto saltou à frente de Smoke e a lança foi envolta por uma pequena corrente e parou seu trajeto. Era o garoto, saíra de cima do cavalo e avançara a uma velocidade surpreendente e parara a lança usando um tchaco negro. Quebraria a lança se esta não fosse feita de puro metal. Seu rosto agora bem visível, embora ainda vestisse o sobretudo.

- Você. - Rosnou o guarda mais jovem.

- Não vou fugir, não vou te deixar lutando sozinho, não seria uma ação de honra. - disse o garoto para Armand, ignorando o guarda.

--
O rosto de Hooks agora se alegrava, certamente ali estava a razão por ele ser tão bom no que fazia, tão famoso quanto sua habilidade, ele amava o que fazia, haviam pessoas interessadas no que ele amava, isso era o bastante para tirar de seu rosto qualquer sinal de tristeza que havia há poucos minutos atrás.

- Sim sim, venham todos ao meu escr... - Hoks foi interrompido por um emtampido alto e seco, que ele reconhecia muito bem, que qualquer criança de Gilead reconhecia muito bem. Tiros. O disparo não foi único, foi seguido de mais dois. Todos vindos do oeste. Provavelmente no portão oeste.

- Fiquem aqui! - bravejou Magnus enquanto saia rapido como um relampago da ferraria. Lestat tinha certeza que o pai iria para o local dos disparos, provavelmente todos os pistoleiros iriam para lá.

Hooks tentou acompanhar o pistoleiro, mas parou na porta do estabelecimento, do lado de fora, tinha uma voz dentro de si dizendo-o para não ir.

-- Parece que o som vem do oeste...Sai Hooks? Bem, eu acho que todos estão curiosos sobre o motivo dos disparos, mas vamos deixar isso à cargo dos pistoleiros? Temos coisas mais interessantes para conversar, eu estou realmente ansioso para ver o seu trabalho. E... Nada de bom costuma vir do oeste...*Em toda a conversação, eu assumi um tom ansioso. Apenas na última frase minha voz pareceu sombria.*
-- Posso parecer jovem, mas esses olhos já viram muita coisa. Estive viajando por Mid-World durante os últimos 10 anos, procurando conhecimento como já havia mencionado. Tenho certeza que alguma coisa irá interessá-lo.*Sorrio gentilmente e espero uma resposta.*