Prólogo - O Boato

Eram aproximadamente 6 Horas da manhã, o sol esboçava seus primeiros ráios contra as paredes de balastor, Pelo que parecia seria um dia agradável com temperatura amena. Os comerciantes locais já tinham saído para preparar suas barracas e arrumar suas lojas, já se via uma movimentação razoável pelas ruas da cidade.

Foi quando Kenshiro acordou, já estava acostumado a acordar nesse horário. Levantou, tomou seu banho, escovou seus dentes, se arrumou e foi direto para a padaria tomar seu café. Saiu de seu apartamento do bloco C, um dos melhores apartamentos do bloco, entrou no seu SEDAN e seguiu rumo a padaria. Ao chegar, estacionou seu SEDAN na mesma vaga de sempre, até pareciam guardar aquela vaga pra ele, e entrou no recinto. Assim que entrou o dono, Sr Toshiro, o cumprimentou.
-- Bom dia Kenshiro, vai querer o de sempre? E quanto ao boxe, quando será sua próxima luta? sabe que sou um grande fã.


Do outro lado da cidade, no bloco A, Rikuo chegava de mais uma de suas noitadas, tentava não fazer barulho, mas a sexta dose de tequila não queria deixar.
Se deparando com o mordomo de sua casa, Ishiyama, o mesmo queria ver do que se tratava toda aquela barulheira tão cedo.
--Jovem Mestre, então era você! Se quer entrar sem ser visto por seus pais, acho melhor tentar ser um pouco mais cauteloso.
(E depois de dar uma olhada de cima a baixo no jovem mestre, disse:)
--E beber menos...Vamos, que eu irei mandar Kishimoto passar aquele levanta defunto para você.
(risos)
Ishiyama era um senhor de 70, mas aparentava ter pouco mais de 50, como parecia tão jovem era um mistério, provavelmente por ser um mestre em artes-marciais, usando algum tipo de método de respiração ou algo parecido.


Não muito longe dali Alaric se perguntava o que diabos estava acontecendo. Se via em um mundo destruído, onde não havia sinal algum de casas ou prédios. Rodeado por um deserto vasto, onde o murmúrio do vento soprava sons desoladores. Via um grupo de pessoas ao longe, pelo que parecia essas pessoas o conheciam, estavam acenando pra ele, mas a distância não o deixava enxergar suas faces. Uma duvida surge na mente de Alaric, Onde estou? Quem são essas pessoas? E o que eu estou fazendo nesse lugar?
Tudo começa a ficar escuro, e as imagens desaparecem aos poucos. Alaric escuta uma voz feminina:
-- Meste Richard, mestre Richard... Já esta na hora do seu remédio, Como esta se sentindo hoje?
Era Nekomiya, uma empregada da família.
Pelo que parecia, Alaric se encontrava em seu quarto.

*Levanto a mão para o alto, como um sinal de comprimento, dou um sorriso e respondo o Sr.Toshiro.
-Bom dia Sr.Toshiro!Por favor, o de sempre.
-E quanto ao boxe, eu não sei quando sera minha proxima luta, ainda não marcaram, mas vou te dizer algo, é dificil ser policial e boxeador, gasta muito tempo.Mas ao menos eu me divirto assim!Hahahaha!!111!
*Enquato espero o prato de sempre chegar, viro minha cabeça para os lados, observando o estabelecimento e quem esta nele.Assim que Sr.Toshiro chegar e me entregar "o de sempre" eu pergunto a ele:
-Como andam as coisas aqui?O que tem ocorrido de interessante?

Alaric acorda ainda um pouco atordoado.

"Richard? Richard... Nome, meu nome... meu nome?"

Tentou se levantar, mas uma dor lhe subiu pela espinha e o jogou de volta na cama de imediato, a dor foi se acumulando toda em sua cabeça.

- Rem... Remédio?

Vinha tomando remédios já há um tempo, mas não lhe vinha a mente o motivo, um acidente? Sim, um acidente, mas que tipo de acidente?. O enebriado em sua mente lhe causava nauseas, desgastava o corpo, o fazia ter vontade de fechar os olhos e voltar a dormir, qualquer que fosse o pesadelo em que mergulhasse dessa vez seria melhor que aquela sensação. E vinha tendo muito pesadelos, todas as noites desde... desde que começara os remédios, desde o acidente?. Os pesadelos costumavam ser sobre... não se lembrava, eram perturbadores, mas não conseguia se lembrar de nenhum, sua mente era um grande branco com muitas armadilhas para impedir qualquer um que tentasse entrar.

Como se sentia? Como descrever? Como dizer que sua mente parece estar se auto consumindo, como dizer que o branco que engoliu toda sua vida, que engoliu todas as suas lembranças, que agora o estava engolindo, que o estava enlouquecendo, como descrever tudo isso? Com duas palavras.

- Estou bem. - disse enquanto se sentava lentamente, vencendo a dor. - Bom dia Ne...

O nome, como era o nome dela, sabia o nome, mas não conseguia pegá-lo, não conseguia dizer, estava mergulhado no branco, o branco que devorou suas memórias. Começou a sentir raiva, não era capaz sequer mais de lembrar um simples nome, sentia raiva de si mesmo, sentia raiva do branco. O branco então começou a se tornar vermelho.
Cerrou o punho para tentar suprimir a raiva. Não poderia se deixar descontrolar, mas era dificil, queria o nome, iria buscar o nome... Neko... Neko.. Vermelho, raiva, ódio. Neko... O nome, queria o nome. E conseguiu.

- Bom dia, Nekomiya.

Percebeu então que o apertara suas mãos com tanta força que agora ambas sangravam, as palmas cortadas pelas unhas, mas não doiam, tinha lemrbado o nome, agora estava novamente calmo, agora estava feliz. Fechou os olhos e relaxou, mas não adormeceu.

Alaric passa um tempo fitando seus remédios. Enquanto apenas uma palavra repercutia dentro de sua mente.

"Acidente."

Sem mais memórias sobre isso, sem qualquer vontade de se lembrar na verdade, tomou os remédios.

"Tudo vai passar... será mesmo?"

Sem dizer qualquer palavra estendeu as mãos para que a empregada tratasse delas, não julgava necessário, mas não havia motivos para se negar, estava feliz por ter conseguir lembrar o nome, isso era tudo que importava naquele momento.

- Tudo bem.. Eu... falo com ele...

Tentou se colocar de pé, mas a dor lhe fez mais uma visita e o jogou na cama sentado.

- P... pode me... trazer... o telefone. - falar parecia tão cansativo, tão dificil, conseguia organizar as palavras na mente com facilidade, mas elas pareciam se embolar na boca, querer sair todas de uma vez, era exaustivo segurá-las e fazer sair uma de cada vez. - Por... favor? Já... já dormi demais...

Se recostou na cabeceira da cama e fechou os olhos novamente.

"Festa de boas vindas..."

- Quan... quanto.. tempo... quanto tempo estou mal? .... O ..... o que h... o que houve e... exat... exa... o que houve comigo?

*Kenshiro pega um pedaço de sua pizza com as mãos, sem se preocupar em suja-las e então morde um pedaço.Assim que acabar de mastigar e engolir aquele pedaço responde a Sr.Toshiro
-Não, não tenho nenhuma pista...Ainda!Acho que a partir de hoje eu vou começar a me dedicar inteiramente nesse caso, já que estou livre dos outros.
*Pausa para comer outro pedaço
-O senhor não teria uma informação para que eu comece tudo?Algum informante, vitima ou até um louco que diz que passou por tudo isso mas ninguém acredita.Sabe, de vez em quando os loucos estão certos...!

— Shhhhhhhhhhhh, Ishiyama, se você ficar fazendo barulho assim, vai acordar alguém!
O bafo de álcool saiu da boca de Rikuo e seguiu até o nariz de Ishiyama, que sentiu o cheiro da bebida que foi ingerida durante a noite inteira. Tonto, Rikuo começou a caminhar pela sala espaçosa, mas tropeçou num vaso e caiu, causando ainda mais barulho, com dificuldade, e ainda por cima se apoiando no mordomo, ele se pôs de pé.
— Eu vou pra o meu quarto... é, pra o meu quarto. Vamo lá. Ah, aproveita depois e avisa a Itsuki pra levar comida pra mim. Ah, aquele bumbum da Itsuki, é uma delícia de se olhar. hehe... hehehehehe...

-Muito obrigado, Sr.Toshiro.E antes que eu me esqueça, o dinheiro da pizza.
*Kenshiro puxa sua carteira, guarda o endereço do site nela e depois pega o dinheiro da pizza e entrega no caixa.
-Bem, vou indo!
*Antes de sair, ele pega mais um pedaço da pizza e come.O resto leva para comer no caminho.
*Kenshiro entra em seu carro e dirige até seu trabalho pensando sobre o caso
"Usarei os computadores de la pra entrar nesse site, espero que tenha pistas uteis."
*Come o que resta da pizza
*Assim que chegar em seu trabalho, ele comprimenta quem encontrar pelo caminho e vai direto ao local onde tenha computadores em que possa usar em sua busca.

— Ah, Ishiyama maldito... Tenho certeza que ele vai arrancar meu couro no treinamento de hoje...
Ainda com uma certa dificuldade, Rikuo se esticou para pegar o despertador no criado-mudo e o programou para despertar às 9:30, assim daria tempo de tomar um banho e comer antes de seguir para o dojo. Quase que imediatamente depois de colocar o relógio na mesa, ele virou para o lado e caiu no sono, se esquecendo de todo o resto do mundo.

Era tudo tão estranho. Coisas antigas, com as quais vivera desde sempre, mas que agora se tornava tudo novo. Sua mente era um pote traiçoeiro, se ele próprio tentasse entrar demais nela ficaria preso na loucura.

Pegou o telefone relutante. O que diria? Com quem falaria? Devia ser um conhecido, afinal queria dar uma festa em nome dele, mas o nome não lhe vinha a mente, Urano. Quem diabos era esse?

- O.. obrigado. - disse para Nekomiya enquanto colocava o telefone no ouvido.

O som da chamada parecia perturbador, era uma rotina, ignorado por muitos, mas aquele som entrava na mente de Alaric, ecoava lá dentro, afinal, agora sua mente estava vazia, nada além de lembranças mortas.

- A... alô? Aqui fa... fala Al... Richard... Urano?

Kenshiro dirigiu até a o 134 DP (um, três, quatro Dê Pê) , a delegacia na qual trabalhava, que ficava no bloco B . Estacionou o carro na sua vaga e saiu do carro. Quando caminhava em direção a porta do estacionamento ouviu murmúrios além dos típicos de uma delegacia.

Quando entrou na área dos escritórios, cumprimentou seus companheiros de trabalho, era popular entre os colegas.
Quando chegou à recepção viu a fonte dos barulhos. Uma família estava fazendo um B.O., aparentemente alguém teria desaparecido.

-- Por favor!! Você tem que achar o meu filho!! Você precisa me ajudar!! Ele não volta para casa já faz 2 dias!Por favor...

-- Calma, minha senhora!! Nós vamos fazer todo o possível para encontrar o seu filho. Mas a verdade é que nós já temos alguns casos semelhantes, estamos cogitando a hipótese de ser o mesmo criminoso responsável. Mas nós não podemos afirmar nada sem antes determinar se esse é um caso isolado ou não... Ah Ken, estamos precisando de você aqui. Você e o Akasaki vão ajudar essa família, aliás, a senhora poderia mandar a sua família para casa, esse vai ser um processo exaustivo, e seria melhor só permanecer aqui quem poderia ajudar na investigação.

A mulher conversa com sua família e manda os meninos mais jovens para casa, 2 garotos de talvez 10 ou 12 anos junto com eles vai o marido dela. Permanece então apenas a mulher e sua filha mais velha. A mulher aparentava ter 40 anos, e sua filha 20.

-- Ken, leva elas lá para o escritório, no caminho chama o Akasaki, ele deve estar lá dentro.


-- Faaaaalaê Alaaaaaric.
A cabeça de Alaric lateja com a voz de Urano
-- Caaaaaraaaaaaca véio, que viajem eim? Bater num caminhão num é mole não... ih rimou hahahahaha

Alaric sente uma coisa começando a coçar em seu cérebro.

-- Mano cê tava doidão mesmo eim... Puts, ficar 4 meses em coma... Deve ser mó viaaaaaajem, dizem que quando você tá em coma não consegue sonhar, e aí, você sonhou com alguma coisa?

A coceira aumentou, alguma coisa na voz daquele cara estava estimulando seus neurônios.

-- Mas eim... Lembra daquela Hagane, do colégio? Aquela que usava óculos e era meio cdf... Caaaaara não sei o que aconteceu mas ela ficou muuuuuito gata... Ela meio que tirou o óculos e soltou o cabelo.
Eu vi ela por aí, outro dia, o que alguns anos não fazem com uma pessoa...

Agora foi outra parte que latejou, mais abaixo da cabeça... Hagane... Era um nome que provocou arrepios. Do tipo agradável.

-- Tipo, eu sei que é meio cedo, mas tipo, eu tava lá dormindo quando, BAM!! Eu acordei e tive essa idéia. Aí como eu sabia que você tinha todo tipo de criados e tal, e pedi pra que eles te avisassem quando você acordasse. O negócio é o seguinte: Eu tava pensando em organizar uma festa pra você, pra comemorar você ter saído do hospital e tal... E aí, topa?

Alaric sente uma inquietude depois de ouvir tudo aquilo. Seu cérebro continua coçando, sabia que estava se lembrando de algo. Mas ainda só uma sensação.


Rikuo dormia profundamente quando seu despertador começou a tocar. Como possuía um sono muito leve acordou rapidamente. No entanto se sentia muito cansado e com muita sede. Ao olhar à sua volta percebe que há uma prateleira sobre sua cabeceira com um café-da-manhã reforçado, uma jarra de água e outra de suco de laranja.

Após comer tudo o que deu, foi tomar o banho, do tipo lava-a-jato. Assim que saiu do banho olhou o relógio, eram 9:55. Começou a correr o mais rápido que pôde e chegou ao dojo com 30 segundos antes do tempo limite.

-- Chegou bem na hora, como sempre, hahaha
Ishiyama esperava sentado no centro do dojo, fitava Rikuo que estava ofegante.
-- Tão cansado antes mesmo de começar. Você realmente é motivado, quando o assunto são artes marciais. Comecemos então.

Ishiyama fez tudo isso nos 30 segundos que faltavam para as 10:00 como se tivesse cronometrado sua fala.
-- Posicione-se a minha frente, a exatos 3 metros de mim.

Rikuo obedece ao seu sensei, e posiciona-se na posição determinada, torcendo para que sejam 3 metros, exatos.

-- Vejo que está se acostumando com noções de distancia. Isso é bom, pode salvar sua vida em inúmeras ocasiões.
-- Agora vamos fazer os exercícios de respiração e fazer o ciclo básico de aquecimento.

Rikuo reproduz os movimentos de seu sensei, respirando ao mesmo ritmo que ele. Após 30 minutos eles começam a fazer os movimentos de aquecimento. Após mais 30 minutos de aquecimento Ishiyama disse:
-- Certo agora vamos para o treino de combate, pode vir com tudo o que você tiver, jovem Rikuo.


OFF:Aê Ricardo, vai rolar um fightzinho aê.Só um sparring, como nem eu nem vc estipulamos o estilo de luta q vc usa, vc pode fazer o q vc quizer aqui, desde que não seja mirabolante xD

OFF:
Ele luta que nem o Ken Masters, já que os personagens acabaram ficando tão parecidos. Acho que vou até começar a usar uma imagem do Ken pra ele.

Sem sequer pensar duas vezes Rikuo avançou e gritando enquanto golpeava, aplicou o ki a um chute alto, que visava a cabeça de Ishiyama, mas que com certeza não acertaria.

— Tsea!! Shishou, tome isso!

OFF: — Tsea!! é aquele grito que a galera do street fighter da quando ataca =D

*Kenshiro olha bem para a mãe e filha, principalmente a filha, analizando suas expressões e o "material".Logo se liga que tem que resolver logo o trabalho e então as chama para ir ao escritorio.
-Por favor, venham comigo.É por aqui.
*Logo Kenshiro leva as duas para o escritorio, e caso encontro Asaki pelo caminho, o chama também.
-Bem...Hoje eu estava pensando em começar esse caso, mas não tinha nenhuma pista.Foi bom o filho da senhora desaparecer, assim eu ...posso..continuar...quer dizer, não foi bom o filho da senhora desaparecer, me desculpe, sinto muito e eu farei o maximo possivel para solucionar o caso.
*Kenshiro procura algum bloco de papel e caneta para fazer anotações.
-Eu gostaria de fazer algumas perguntas.
-1)Quantos anos o seu filho tinha?
-2)Como ele se comportava normalmente, e ele sofreu alguma mudança de comportamento antes de desaparecer?
-3)Mais alguém na região onde você mora desapareceu?Se sim, alguma semelhança com seu filho?
-4)Algum lugar especial onde seu filho costumava ir?Pode dizer o endereço?
-5)Em que local você o viu pela ultima vez?
-Agora, a senhora teria alguma outra informação com exceção a essas?
*Conforme ela vai respondendo, Kenshiro vai anotando os itens

Urano... Hagane... Memórias.

Havia algo ali, sensações, lembranças. Talvez ali houvesse uma real chance de memória.
Não havia assimilado boa parte do que seu possível amigo tinha dito, mas naquele plano dele talvez tivesse uma possibilidade de melhora. Talvez ver rostos conhecidos o ajudasse a recordar suas memórias.

Um caminhão, havia se acidentado com um caminhão... Quatro meses em coma... não se lembrava de nada disso, não se lembrava de quase nada de antes disso também.

- So... sonhar? Não... Talvez... Hagane... Festa... Topo.

Afastou o telefone do ouvido um instante, era muita coisa entrando em sua mente, novas informações, não, nada era novo, informações cotidianas, muitas que teriam sido ignoradas em outra situação, mas agora perecia tudo especial, como se Alaric estivesse redescobrindo sua própria vida. Sentia curiosidade, como seria essa Hagane que lhe causava uma boa sensação, não se lembrava direito de seu rosto, apenas uma imagem embaçada em sua mente. TInha curiosidade de saber com que tipo de pessoas se relacionava, que tipo de gente eram seus amigos, que tipo de festa dariam.

Essas idéias foram o bastante para dar um ânimo a mais para o jovem Richard Gibralthar.
Mais uma vez tentou se pôr de pé, e dessa vez conseguiu, sem dificuldades, sentia-se ainda um pouco exausto, mas bem menos do que alguns minutos atrás.

Colocou o telefone de novo no ouvido.

- Quando?

*Apos escutar atentamente as respostas, Kenshiro se vira para a mãe e pede algo
-Eu poderia ir até o quarto do seu filho e olhar ele?Eu gostaria de ver se ha algo que possa me ajudar nas investigação.
-Também gostaria do nome completo do seu filho, para eu depois eu possa pegar algumas informações no colegio onde ele estudar.
-E sobre a ultima vez que o viu, eu gostaria de saber data e hora.
*Apos Kenshiro obter a informação de data e hora, pede para que Asaki peça para alguém que trabalhe bem com informações cruze todos os dados do caso que estou agora, com os outros casos de desaparecimento, e assim que conseguir uma resposta, sendo positiva o não, me bipe, mande uma msg ou o que for.
*Kenshiro aguarda a resposta da mãe, para ver se tem permissão de investigar o quarto do filho.

Num pulo Rikuo se pês de pé. Ficou alguns momentos parado, olhando para Nishiyama em postura de ataque. Avançou novamente, dessa vez tomou o cuidado de manter os punhos em posição defensiva, saltou e girou no ar, acertando um chute com a sola do pé no peito de Ishiyama. Esse ataque era mais difícil tanto de se proteger quanto de se contra atacar, era uma das melhores técnicas que Rikuo possuía.

— Tsea!!!

- 9... Ok.

Sem esperar por mais qualquer palavra desligou o telefone, já havia suportado demais aquela voz, se perguntava como podia ter alguém assim como amigo.

Mas a festa seria uma boa pedida, tinha esperança, não, esperança não, era mais, era uma certeza, de que ia começar a recuperar suas memórias nela, vendo rostos conhecidos, falando com pessoas conhecidas, aquilo certamente seria bom para ele.

Olhou pelo seu quarto, não sabia o que buscava de verdade, caminhou até o armário e pegou uma roupa simples para andar em casa, a dor na cabeça já era quase imperceptivel, talvez os pensamentos funcionando a inibissem.

Após pegar a roupa caminhou até o banheiro, sentia vontade de tomar um banho, também sentia fome, mas queria o banho primeiro.

-Vamos agora mesmo, senhora.Por favor, venham comigo.
*Kenshiro guia as duas até a viatura e espera até chegar ao local.Durante a viagem, ele pergunta se eles possuiam computador, e se somente ele usava.
*Assim que chegar, Kenshiro pede pra ser levado ao quarto do rapaz, observando cada canto da casa por onde passava.

- Bom dia... mãe. - agora falar estava sendo mais fácil já que não tinha a dor insuportável em sua cabeça atrapalhando as palavras de saírem da boca, mas ainda assim não era tão fácil quanto antes de seu acidente. - Estou bem... e a se... senho... você?

Alaric sentava lentamente à mesa, não que ainda sentisse dor em seu corpo, mas não queria arriscar movimentos bruscos, tinha noção de que seu estado não era dos melhores.

- Urano... quer... dar festa... boas vindas... boate dele... às 22...

Enquanto falava Alaric colocava com cuidado café puro em sua xícara, adicionando 3 torrões de açúcar logo em seguida. Também olhava para a mesa escolhendo o que comeria.

Kenshiro guia as duas até a garagem da delegacia, e espera por Akasaki e Miyamoto. Depois de alguns minutos, Akasaki chega com Miyamoto atrás dele. Miyamoto era especialista em procura de pistas.

-- Ken, nós falamos com o Hamilton. Ele disse que vai fazer isso o mais rápido possível, mas que deve demorar um pouco para cruzar todos os dados. O sistema está meio atolado. Peguei a minha viatura.

Akasaki puxa um molho de chaves do bolso, aperta o alarme para abrir o carro. Um sedan que estava estacionado ao lado de Kenshiro.

Kenshiro abre a porta do carro para as duas mulheres entrarem, logo em seguida abre a porta do carona e se senta ali, queria se sentar ao lado das duas mulheres, mas seu corpo grande o impedia de se acomodar ali sem deixar todos os três desconfortáveis, deixando então Miyamoto se sentar ao lado delas.

Já no caminho para casa delas, Kenshiro as pergunta se o rapaz desaparecido possuía um computador só para ele, ou se a família possuía um computador.

-- Sim, ele tem um computador só para ele, mas é um lap top que meu marido comprou para ele, e ele sumiu também... Ele nunca deixava o computador em casa se ele saísse, e a última vez não foi uma exceção. Mas nós temos um computador da família também, do tipo desktop.

Chegando lá, antes mesmo de chegarem à porta, o homem que estava lá na delegacia junto com o resto da família a abriu. Seu rosto estava demonstrando muita aflição.

-- Bem vindos, já estava ficando ansioso... Venham...
-- Meu nome é Tosaka, fiquem à vontade para vasculhar tudo o que precisarem.

Kenshiro pede pra ser levado ao quarto de Toshima, Tosaka logo o leva para o lugar. Subindo as escadas da casa ele percebe que as crianças também estavam lá embaixo, a senhora Tentouji as estava abraçando, com os olhos meio úmidos.

Tosaka abre a primeira porta à esquerda do corredor da escada, entrando no quarto e indicando que este seria o quarto de seu filho. Entrando lá Kenshiro vê uma cama, uma escrivaninha, uma estante de livros, e uma TV junto com um DVD player multifunções numa estante para essas coisas.

-- Esse é o quarto dele, não mexemos em nada desde que desconfiamos do desaparecimento.


-- Bom dia, meu filho. Ah, não beba café, o médico disse para você não beber nada muito estimulante, pode lhe fazer mal.

Alaric observa a mãe, então consente, deixando a xícara de lado e pegando um copo e despejando um pouco do suco da jarra mais próxima. Após tomar um gole percebeu que era suco de laranja.
-- Urano quer dar uma festa? Francamente, esse seu amigo só se preocupa com esses tipos de coisas. Onde já se viu comprar uma boate para um garoto?

Alaric se sentia desconfortável a ouvindo falar de Urano daquela forma, coisa que ele não entendia muito bem, porque o achava extremamente irritante.

-- Você tem certeza que está bom suficiente para ir a uma festa? Não faz tanto tempo assim que você saiu do hospital, esse Urano nem mesmo pensou nisso... Esse desmiolado provavelmente só quer dar uma festa.

Alaric olha a mesa com atenção, procurando o que iria comer, tentando não pensar muito sobre o que ela estava falando, após escolher o que era mais interessante começou a comer.

-- Você deveria escolher melhor suas amizades, eu não gosto dele, e suspeito que foi por causa dele que você se envolveu naquele acidente. Você quase perdeu sua vida, lembre-se que você é o nosso único filho, já imaginou que desgraça que seria se a família Gibralthar perdesse seu único herdeiro?

Alaric estava tentando ignorar o que ela estava dizendo, mas estava cada vez mais difícil. Não sabia o que, mas algo que ela estava falando o perturbava profundamente. Mas algo o manteve quieto, não sabia por que, mas ele sabia que deveria ficar quieto.

-- Não vou te obrigar a ficar em casa, mas não quero que você vá sozinho. Você pode se sentir mal lá, além do mais, não vou deixar você se embriagar nunca mais.


Rikuo repete o movimento anterior, só que desta vez mirava na barriga do mestre. Achou que desta vez acertaria com certeza, afinal mirara num local em que se tornaria impossível desviar de olhos fechados. No entanto para a surpresa de Rikuo, Ishiyama desvia do golpe dando apenas um passo para o lado, deixando Rikuo passar direto por ele. Rikuo estava confuso, como ele poderia desviar de um golpe numa situação dessa?

-- Repetiu o mesmo ataque, só que mirou mais abaixo certo? Uma boa estratégia, se eu estivesse usando meus sentidos nessa luta. O que eu acabei de fazer é a forma correta de se usar instinto numa luta. Permite que você sinta a intenção do seu oponente com a mente, em vez de depender do seu corpo para isso. Quando estiver pronto lhe ensinarei isso. Mas por enquanto você deve dominar o seu corpo

Ishiyama já abrira seus olhos, e estava observando Rikuo. Ainda estava com os braços cruzados nas costas, e possuía um olhar inofensivo. Quem olhasse para o mordomo nunca imaginaria que era um combatente experiente, mestre em artes marciais.

-- Jovem Rikuo, faremos uma breve pausa, enquanto isso vamos fazer mais exercícios de respiração, dessa vez faremos uma nova série. Sente-se aqui, por favor.

Rikuo obedece ao mestre e se senta onde ele mandou. Logo após, seu mestre se ajoelhou atrás dele, e pôs suas mãos em suas costas.

-- Mantenha um ritmo de respiração regular, inspirando profundamente e expirando lentamente, e se concentre em minhas mãos.

Rikuo fazia como seu mestre mandou, inspirando e expirando. Tentava se concentrar no local onde as mãos do seu mestre estavam, mas não entendeu muito bem o que aquilo significava. Após alguns minutos, Ishiyama retirou as mãos e disse:

-- Muito bem, vamos voltar ao treino de combate. Assuma sua posição, três metros daqui, e ataque.

OFF: Ricardo, foi mal mas o Rikuo não é "muito inteligente", ele tem só um ponto em INT, o que faz dele normal para os padrões humanos, pelo menos é o que tá na ficha que eu tenho aqui, a sua tá diferente?

OFF: Não, é isso mesmo que tá na minha ficha. Mas aquilo que eu fiz foi mais por interpretação mesmo, pra ficar mais gostoso de ler a postagem. É que eu aprendi que a inteligência sem testes(como eu, jogador, fazer a dedução de algo) é algo que não era medido pelos atributos, mas no caso se eu quisesse fazer um teste pra fazer algo sem a necessidade de pensar, aí sim testaria a característica.(pode ser que eu tenha aprendido errado, nunca se sabe aushauhsuahs, o importante é corrigir depois)

ON:

De alguma forma os exercícios de respiração haviam feito bem para Rikuo, ele não sabia ao certo porquê, mas sua energia parecia revigorada. Os muitos minutos de treino já passados na manhã não pareciam nada. E uma vontade de brandir seus socos e chutes parecia tomar conta de seu corpo pouco a pouco. Lutar... Lutar era algo que ele adorava. Sempre adorou, e provavelmente sempre adoraria.

— Yosh, se é assim, então vamos lá, Ishiyama!!

Ele recuou, e quando estava a aproximadamente 3 metros de Ishiyama, avançou correndo com força total, perto o suficiente, e se agachou e usou a força de suas pernas para se lançar no ar, tentando no caminho acertar um gancho no queixo do mordomo.

— SHORYUKEN!!!
(aushuash, não seria o Ken sem o Shoryuken né...)